quarta-feira, julho 06, 2005

Fazes-me Falta

A madrugada já vai alta. E é agora que penso em ti. Ao falar com o Rom, quando jantei com ele, a frase não fez sentido algum: "A minha mãe faria hoje 47 anos!". Não houve resposta ou comentário, não foi necessário. O olhar e o gesto foi mais importante. A madrugada já vai alta. A insónia instala-se, apodera-se de mim como força destruidora. Pego no livro, está no fim, a cada página que passa identifico tanta coisa. O que identifico não tem que ver necessariamente comigo ou que se passou. A madrugada já vai alta. Voltei aos poemas. Não com a mestria de antigamente. Já não sinto dor. Já não sinto saudade. Já não sinto tristeza. Já não sinto rezignação. Já não sinto abandono. Fazes-me Falta.

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