A estreia da semana...
«51 anos após a sua morte, Frida Kahlo (1907-1954) continua a exercer um enorme fascínio pela sua arte controversa, os seus amores difíceis e o seu sofrimento físico. Depois da Tate Modern de Londres e da Fundación Caixa Galicia, em Santiago de Compostela, é a vez de Lisboa receber a maior e mais completa exposição sobre Frida Kahlo realizada nas últimas décadas, com obras provenientes do Museu Dolores Olmedo, no México a colecção mais importante que existe no mundo sobre a genial artista mexicana. Entre 1926, quando pintou o seu primeiro auto-retrato, e a sua morte em 1954, Kahlo produziu cerca de 200 imagens. A sua relação com o muralista Diego Rivera, com quem casou, constituiu o lançamento inicial da sua carreira, que no entanto se consolida pela sua força e qualidade.
»Numa época de grande ebulição, em todos os sentidos, as importantes mudanças sociais e culturais não deixam de influir na vida e obra de Kahlo, que fez da sua vivência pessoal o tema principal dos seus quadros.Amante da cultura mexicana, em especial do mundo Azteca, esta artista autodidacta, descreveu o seu drama pessoal de forma muito crítica, através da figuração e da côr que utilizou de forma vibrante. Os seus quadros reflectiam o momento pelo qual passava e, apesar de muito "intensos", não eram Surrealistas como frequentemente foram designados - "Pensaram que eu era Surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade."
»Do total de 26 obras apresentadas, destacam-se algumas das peças-chave da produção pictórica da artista mexicana, como A Coluna Partida (1944), O Camião (1929), Unos cuantos piquetitos (1935), Hospital Henry Ford (1932) ou Auto-retrato com macaco (1945), entre outras.Esta exposição será completada com uma colecção de fotografias e objectos pessoais pertencentes àquele museu mexicano, e que oferecem um registo da vida de Frida Kahlo, desde a sua infância até à sua morte.»
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