quinta-feira, março 30, 2006

Quando o querer é grande...

Já aqui várias vezes falei do poder que as palavras têm e podem ter. Quer surjam de forma escrita ou oral. Quer seja em texto ou conversa de messenger. Quer seja em discurso ou diálogo pessoal. Quem me conhece um pouco que seja, sabe-me terrível, no pior sentido da palavra. Sou-o realmente, com um misto de orgulho, prazer e demência. Quantas e quantas vezes não proferi eu uma qualquer bacorada (ou não) com o simples intuito de magoar? Milhentas! Um rol delas! Sempre ouvi dizer: "Pela boca morre o peixe!". E realmente morre. Quando não se quer ouvir aquilo que não se deseja, não se deve proferir o que não se deve. Há coisas que são do foro íntimo e privado e outras do foro público. Nunca conto tudo a toda a gente, sempre fui assim. Uma certa maneira de ter sempre uma cartada na manga, para a última da hora a jogar. Habitualmente é esta última cartada que aos outros, e algumas vezes a mim, é dolorosa. É aqui que hoje quero chegar quando falo no "poder das palavras". É muito fácil mandar bojardas. Mas o querer e saber mandá-las é que não é nada fácil. As minhas bojardas nunca foram muito pensadas. Dou por elas já quando cá estão fora, cravadas como punhais. É por isso que tantas vezes magoam tanto. Aqui há umas semanas foi uma sobre um dito ananás/abacaxi, ontem à noite foi sobre um dito encontro frotuito/inopinado. É aqui que quando o querer é grande. Querer é poder! Pois, se eu quisesse não ofender, eu não ofendia...

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