quinta-feira, abril 28, 2005

212

Regresso hoje a Lisboa, mais logo, depois de almoço. As férias têm sido bastante repousantes. Mas não sei bem o que se passa comigo. Não fui capaz de ir visitar a minha avó materna ao Alentejo que também é meu. Neste outro Alentejo, o do Pinhal, onde ainda estou sinto-me sempre bem. Desta vez, esta estadia foi estranha. Não sei se me fez bem ou não. Este cheiro a 212 que invade as minhas naridas não é muito esclarecedor. Wolf perdoa-me. Perdoa a minha desconcentração na nossa amizade. O sol queima-me intensamente a pele branca e sardenta das minhas costas. O factor 60 não ajuda. Há factores que em vez de ajudarem complicam ainda mais. As meetings de mais logo à tarde e à noite também não vão ajudar muito à compreensão. Um turbilhão de pensamentos povoa a minha mente loura. Apetecia-me mergulhar no oceano que vejo à minha frente. A água está muito fria, não consigo atirar-me. Vou deixar o teu cheiro ir embora. Não quero que o meu nariz inale mais 212.

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