Meu Alentejo Meu
Ontem passei o dia todo com os meus padrinhos de baptismo e o resto da família. (Sim, é verdade, eu sou baptizado.) Família essa que de certa forma também da qual faço parte. Se vivesse nos EUA venderia o argumento a um qualquer canal por cabo e a sitcom seria um sucesso em todo o mundo. A história de um rapaz homossexual que vai viver com os padrinhos de baptismo mais as suas duas filhas para um meio rural, mas com impetos de desenvolvimento disfarçado. Uma madrinha refilona e stressada, mas um amor de pessoa. Um padrinho antiquado e apanhado pelo futebol. Uma prima dois anos mais nova que sempre teve uma pontinha de inveja, cujas histórias amorosas são romances allendianos. E a outra prima também mais nova, mais bonita e muito mais despachada que a irmã. Os dias seriam sempre de conflito, discussão e zaragata entre os 5. Mas iria sempre prevalecer uma união quase inexplicável nesta peculiar família, que na verdade é tão igual a tantas outras... É isto que hoje em dia lá de longe, de Lisboa, vejo no Meu Alentejo Meu.
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