Amitié
Por vezes é necessário colocar um travão em certas amizades ou conhecimentos. Há amizades que de tão exigentes e plenas podem ser abusivas. Invadem o espaço de ambos os intrevenientes. E há conhecimentos que se não nos damos conta tornam-se nalgo que não queríamos e continuamos a não querer. Mas também é difícil colocar esse travão. Ou nos afastamos por iniciativa própria, ou deixamos o outro afastar-se. Ou falamos abertamente com a pessoa (mesmo que não cara a cara), ou deixamos que essa pessoa se aperceba do nosso incómodo. Cada caso é um caso e é tudo muito complicado gerir uma situação dessas. Há um conhecimento recente que me incomoda um pouco. Irei enviar ao visado um explicativo e-mail.
P.S. - Isabel, este post não é mais uma "tacada", "boca" ou "farpa" para ti. Espero, sinceramente que consigamos gerir o nosso "mal estar". Beijos do teu sempre amigo Alexandre.
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Mundo das Ideias
Há Ideias que me escapam. Ideias que ficam retidas no Mundo, o meu Mundo, o Mundo das Ideias. Há Ideias que me fogem do pensamento. Ideias que persistem em ser iguais umas às outras. Ideias com formas idefinidas e mágicas deixei de as ter. Eu apenas gostava de ter Ideias, de ser um idiota, um fazedor de Ideias. Eu não quero possuí-las, quero apenas tê-las por alguns momentos. Momentos que me possam glorificar como homem, como ser humano, como eu próprio. Tenho glória, mas não sei que glória é essa. Sinto-me tão só. Sinto-me perdido. A solidão nunca me foi preocupante, por isso não sei lidar com esta situação. Situação criada por mim próprio, ou em sequência das minhas opções e atitudes... Eu sempre me senti bem só, fazendo juz ao ditado: "Mais vale só, que mal acompanhado!". Eu não procuro uma má companhia, ninguém procura uma má companhia. Primeiro procuro-me a mim próprio, apesar de não me conseguir encontrar. E de momento procuro um "amor", um "príncipe encantado", um "sapo". Mas não é uma prioridade, não é uma luta incessante do meu dia a dia, apesar de parecer. A minha prioridade sou eu, o meu bem estar, e o encontro de mim próprio. O mal estar existe e terá que deixar de existir. As palavras que ficaram presas nos ramos das árvores. Essas palavras estão a provocar este mal estar. Têm que ser soltas através de um simples sopro do vento. Há Ideias que me escapam. Ideias do Mundo das Ideias. Estas são as minhas Ideias. Eu sou estas Ideias. Eu sou este Mundo das Ideias.
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Até Jazz!!!
Um homem chega a Nova Iorque vindo de um pequeno país da Europa de Leste. Sem conhecer a língua e os costumes informam-lhe que o segundo os EUA o seu país não existe. Esse homem viaja com uma misteriosa lata de amendoins. A dada altura perguntam-lhe o que tem dentro da latinha, Viktor responde: "Jazz!".
Um dos meus melhores amigos embarcou hoje para Paris para fazer um semestre de Erasmus. Deram-lhe a possibilidade de ir para Barcelona ou Londres ou Paris. O Jota escolheu ir para Paris. Ontem à tarde confessou-me que apesar de não saber uma única palavra da língua, escolheu a capital francesa por causa do Jazz. O Jazz, aquele "género de música vocal e instrumental, introduzido pelos negros americanos e possivelmente de raiz africana, caracterizada por ritmos sincopados e improvisações a solo ou em grupo". Esta manhã no aeroporto o Jota ao fazer o seu check-in deparou-se com o problema do transporte do teclado do seu órgão/piano, julgo que terá visto a sua vida a andar para trás com a possibilidade de deixar em terra tão precioso instrumento. Já estou com saudades dele. Mas o Jazz parisiense ficará mais rico...
Até Jazz!!!
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farto
Estou farto! Farto de mim próprio! Fartinho! Um peso! Não um peso em cima dos ombros. Nem um peso no estômago. Este peso, esta fartura, é mais como uma pedra no sapato; é mais como a ervilha por de baixo de 13 colchões. Uma pedra muito pequenina; uma ervilha minúscula e invisível.
Ontem deixei aqui escrito o seguinte: "Neste preciso momento o meu coração bate mais depressa por um outro rapaz. Talvez seja paixão, não sei.". Ontem ao final da tarde estive num momento mais intimo e intimista com o rapaz. Então não é que não senti nada, nadinha, do que seria suposto sentir?!? Aqueles momentos forma apenas de satisfação pessoal. Nem sequer forma momentos de satisfação sexual. Estive apenas momentos intimos e intimistas com um pedaço de carne. Pedaço de carne que tem sentimentos... Pedaço de carne que é um ser humano...
Estou mesmo farto. Não me consigo compreender! Já não sei o que sinto. Já não sei o que deveria sentir. Já não me conheço!
Até amanhã.
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sorriam
Cá estou eu de novo! Já nem sei o que vos diga. Só vos peço para sorrirem. Não aquele sorriso lamechas e pouco convincente da nova campanha publicitária da nova EDP. Sorriam por mim! Sorriam por vocês próprios...
Tiegas é óbvio que me podes linkar! Qualquer pessoa pode-me linkar. E se quiserem que vos linkem é só pedirem. Não tenho critérios para a lista de links do Bom Apetite.
Não sei se estou de volta. Sei que hoje fui à minha suposta faculdade. Onde eu deveria ainda estudar. Não sei o que deveria lá estudar já. Uma ciência social qualquer. Foi estranho para mim pisar aquele chão, almoçar na cantina. Olho-me ao espelho ultimamente e já não sei quem sou. O Alexandre que fui antes de saber do diagnóstico já não existe. O que existe hoje é um Alexandre eufórico e irrequieto. Pessoalmente, sempre procurei a paz interior. Nunca a encontrei e não sei se algum dia a vou encontrar. Ser seropositivo veio ajudar-me a colocar prioridades e metas na minha vida. Nos últimos meses a minha meta é a minha vida sexual bastante activa. Não me venham com sermões do género: "Não te esqueças que estás a pôr em risco a vida do outro!!!". São balelas!!! O risco é mutuo! Por favor! Nós jovens adultos deveríamos saber isso. Eu ao fazer sexo com alguém corro o risco de ser reinfectado. Esse alguém corre o risco de ser infectado. A menos que façamos sexo desprotegido. Numa relação duraroura acho por bem fazerem ambos o teste se querem passar a ter sexo sem protecção. Se um dos parceiros tiver o HIV/SIDA há que ter os devidos cuidados, mas as duas partes. Se uma pessoa independentemente de estar infectada quiser ter relações esporádicas aí sim e com a maior cautela deverá sempre proteger-se. De momento não sei se estou apaixonado ou não. Julgo que sim. Há uns tempos disse-vos que estaria a ter uma relação com uma rapaz mais velho, a quem tinha contado pouco tempo depois de começarmos. Essa relação não deu em nada. Não sinto a sua falta, talvez por não gostar o suficiente dele. Neste preciso momento o meu coração bate mais depressa por um outro rapaz. Talvez seja paixão, não sei. Não sei! Já nada sei!
Termino este post com um breve sorriso...
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