quinta-feira, junho 30, 2005

A estreia da semana...

Estreia hoje um filme espanhol a fazer lembrar os bons velhos tempos de Almodôvar. Contudo o original é sempre o original. Enquanto não temos um novo de Almodôvar e não vimos por cá mais pérolas do cinema espanhol ficamos com estas rainhas...

Reinhas

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Título original: Reinas
De: Manuel Gómez Pereira
Com: Verónica Forqué, Carmen Maura, Marisa Paredes
Género: Comédia, Romance
Classificação: M/12
Espanha, 2005, Cores, 107 minutos

argumento:
Ofelia, Magda, Reyes, Elena e Nuria são cinco mulheres muito modernas, cheias de vida, que andam de um lado para o outro pelos sítios mais elegantes de Madrid. São todas mães e os seus filhos são lindos. O que elas não sabem é que o destino lhes reservou uma surpresa e que os seus filhos estão à beira de se transformar nos protagonistas do primeiro casamento gay de Espanha.

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terça-feira, junho 28, 2005

Linha de Sintra

Estou neste momento em casa dos meus tios que vivem na Linha de Sintra. Estou a ter os meus momentos de suburbano. Apanhei o comboio às 17:58h, em plena hora de ponta, não foi difícil encontrar a minha tia na terceira carruagem a contar do início. Chegados à estação de comboio apanha-se a camioneta para casa. De Entre-Campos a casa dos meus tios demorei cerca de 40 minutos. Será mesmo que compensa viver fora de Lisboa? As casas são mais baratas. Existe menos indíces de poluição. Supostamente a vida é mais calma. Demora-se sempre perto de uma hora a chegar ao trabalho, seja de carro ou outro transporte. Uma ida ao cinema pode tornar-se num pesadelo. Mas a calma por aqui é absoluta...

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segunda-feira, junho 27, 2005

No Comment

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Sete Palmos Terras - Six Feet Under, hoje na 2:, às 22:30h.

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sábado, junho 25, 2005

aRRaiL'05

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sexta-feira, junho 24, 2005

Saladas em tempos de calor...

O ano passado esta rúbrica teve algum sucesso, pois a sugestões apresentadas eram realmente frescas para o calor que se sentia. Este ano o calor ainda é mais, portanto espero que as receitas apresentadas sejam ainda mais frescas. E viva o Verão.

Salada de Rúcula com Requeijão de Seia

Ingredientes para 2 pessoas:
2 requeijões de Seia
1 pepino
1 lata de ervilhas
1 lata de milho doce
1 alface roxa
folhas de rúcula selvagem
oregãos
manjericão
tomilho
azeite
vinagre balsâmico
sal

Preparação:
Lava-se bem todas as verduras e arranja-se retirando folhas estragadas e talos rijos. Descascar o pepino e cortar em quartos. O requeijão deve ser esmagado. Numa saladeira misturar todos os ingredientes e temperar a gosto de sal, azeite, oregãos, manjericão, tomilho, vinagre balsâmico e outras ervas aromáticas a gosto. Sirvir de seguida.
Nota: Para a salada ficar ainda mais fresca, antes de ser servida e antes de ser temperada, pode ser colocada durante alguns minutos no frigorifico.

Bom Apetite

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quinta-feira, junho 23, 2005

Sopa de Letras

Estou assim...

My Funny Valentine

My funny valentine
Sweet comic valentine
You make me smile with my heart
Your looks are laughable
Unphotographable
Yet you’re my favourite work of art

Is your figure less than greek
Is your mouth a little weak
When you open it to speak
Are you smart?

But don’t change a hair for me
Not if you care for me
Stay little valentine stay
Each day is valentine’s day

Is your figure less than greek
Is your mouth a little weak
When you open it to speak
Are you smart?

But don’t you change one hair for me
Not if you care for me
Stay little valentine stay
Each day is valentine’s day

letra: Rodgers/música: Hart
performance: Frank Sinatra; Sarah Vaughan; Gotan Project.

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quarta-feira, junho 22, 2005

A Discussão de Las Reinas ou um Mau Filme de Almodôvar

Mal criado. Mal educado. Mal humorado. Agressivo. Abusivo. Hiperbólico. Excessivo. Irritante. Possessivo. Dominador. Egoísta. Romântico. Sonhador. Obtuso. E muito mais. São adjectivos que me servem que nem uma luva e os assumo com um misto de orgulho, vaidade e vergonha. Um jantar de amigos. Uma boa refeição. Um bom vinho. Uma conversa sempre agradável. Nunca se sabe o porquê de se passar de um tema de conversa para outro. Nunca se sabe como se começa uma conversa. Nunca se sabe como termina e quando deve ser terminada. A hipérbole. A atitude. O dito. O tudo. O nada. O ser. O ser aí. O ser do ser aí. Filosofias. Que fica das palavras? A humana sapiência turva a mente iluminada de nós imortais. Pela luz do sol, raios lunares e afins, que nem sempre trazem benefícios. Talvez o apelo surja de sons inaudíveis para o ouvido humano, não da mente. Um desentendimento. Uma discussão. Há discussões e discussões. Sempre fui um rapaz de discussões. Normalmente as minhas discussões são troca de ideias. O que se passou foi o oposto. Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades. E quando duas bichas se zangam, pior ainda. O abuso. A dita discussão foi um claro abuso. Um abuso de confiança. Um abuso de palavras. Um abuso de exaltação. Quando alguém como eu, que abusa da confiança dos demais, pode querer que estes não o façam de igual modo? Todas as relações humanas têm que obrigatoriamente ter limites. A minha liberdade termina onde a do outro começa. Se esta premissa não é respeitada na maioria das vezes algo não está certo em termos educacionais. Há palavras que ao serem ditas de determinada maneira têm um impacto nefasto. Este impacto é tão mais nefasto quanto maior for o significado que se lhe dá. Falando agora de gestos e atitudes, ou de sentimentos. Há também certos gestos e atitudes que têm mais significado que as meras palavras proferidas. A minha exaltação começou devido ao sentimento que coloquei em determinado gesto ou acção. Considero que os olhos e o olhar revelam certas particularidades do que nos vai cá dentro. Os olhos são o espelho da alma. Foi devido, então, a determinado olhar, ao qual dei um certo sentimento, que a minha irritação teve início. Não gostei. Tenho esse direito. Decidi exprimir o que sentia. A forma de expressão não terá sida a mais conveniente. A carapuça serviu-me. Até perder a eventual razão foi um pequenino passo. Não foi despropositado ir buscar um assunto que supostamente nada tinha que ver com o que se discutia. Vinguei-me, quis vingar-me. Sou mesquinho, fui mesquinho. Os amigos são para as ocasiões. O óbvio foi conseguido? De todo. A discussão serviu para o espectáculo a que todos estavam a assistir. Aquela última subida ao palco foi desnecessária. Tal como há palavras ou expressões que considero abusivas. Também há toques corporais que considero abusivos. Até que ponto incorporo esta regra? Não a sigo simplesmente. Depois do filme espectáculo em três actos e da última subida ao palco, o backstage deve ter sido a parte mais interessante. Saí na altura certa, se tivesse saído uns minutos mais cedo teria sido melhor. O ser humano não se sabe auto controlar. Conclusões? Não devemos nunca guardar para nós aquilo que nos desagrada. Quer no momento do desagrado, quer mais tarde, deve ser discutido, ou pelo menos falado. E o primeiro filme terminou. Las Reinas voltam a encontrar-se nas duas próximas sequelas. Só esperemos que o segundo e o terceiro Almodôvar sejam de melhor qualidade. Cá estaremos tod@s para assistir e aplaudir.

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segunda-feira, junho 20, 2005

O Homem do Momento: Tiago Monteiro

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Tiago Monteiro, o primeiro português a pisar o pódio de uma prova de Fórmula 1, é sem dúvida o homem do momento. Para saber mais sobre esta promessa do desporto motorizado verifiquem a página oficial em: www.tiagoracing.com. Só é triste Portugal já não ter Grande Prémio de Fórmula 1 e o jovem corredor ter apoiado Pedro Santana Lopes nas últimas eleições legislativas.

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domingo, junho 19, 2005

o que sinto de ti...

Mar
E o dia 19 chegou. Habitualmente o número 19 trazia-me sorte. Não sei se hoje é caso disso. As tuas palavras magoaram-me. Fiquei triste. Olho para ti e não sei quem vejo. Houve muita coisa que aconteceu que não devia de ter acontecido. Procedi mal. Talvez por ter mais experiência de vida tenho mais culpas no cartório. Enfim. Não mais te vou ver. O dia 19 chegou. Vais-te embora. Ciao. Um beijo.
Fim

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sábado, junho 18, 2005

No Tempo do Frio ou da Vida para a Morte.

Cabelos negros, olhos castanhos, pele morena. De vestido preto de alças e sandálias também pretas. Aguarda. Desespera já. Está serena. Emana uma serenidade que lhe é contraditória, mas muito característica. Chega por fim. Atrasado. Mora quasi ali ao lado. Ténis, calças de ganga, t-shirt amarrotada. Desfaz-se em desculpas. Beijam-se. Apaixonados. Têm muitos problemas entre si. Amam-se.
Por volta das 22h, Cinemas Monumental, Lisboa, Mary & Duarte.

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a demissão

António Meliço Silvestre demitiu-se ontem do cargo de presidente da Comissão Nacional da Luta Contra a SIDA. Enfim... Já não era sem tempo! Não deveria ser permitido a pessoas como o senhor Meliço ou a senhora Margarida Martins (que está novamente na direcção da Associação Abraço) estar em cargos desta importância em associações tão delicadas. Meliço justificou a sua demissão devido a conflito de políticas entre si e o seu amigo de mais de 40 anos, Correia de Campos, actual Ministro da Saúde. Na realidade julgo que não terá sido esta a verdadeira razão da sua saída. A sua presidência tem sido alvo de duras críticas desde que tomou posse. Independentemente das razões que levaram Meliço a demitir-se, o que é certo é que já é tarde, mas vale mais tarde que nunca. Pode ser que quem lhe suceda tenha uma visão do mundo da SIDA mais alargada. A senhora Margarida Martins pode seguir o exemplo do senhor Meliço. E já agora o senhor António Serzedelo podia ir pelo mesmo caminho na OpusGay. Se não fosse pedir muito o senhor Luís Villas-Boas também se podia demitir do Refúgio Aboim Ascensão. Se pensarem um nadinha de nada descobrem porque desejo estas demissões... Escreve alguém que tem algum conhecimento de causa, pelo menos em relação à CNLCS, à Abraço e à Opus.

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sexta-feira, junho 17, 2005

A estreia da semana...

É sem dúvida alguma uma das estreias cinematográficas deste verão quente. MR. & MRS. SMITH tem tudo... Tem Brad Pitt numa boa prestação, bem melhor que em TROY. Tem Angelina Jolie numa também boa performance, melhor que em ALEXANDER. Tem uma aprazível realização de Doug Liman, com uma exímia montagem. Tem uns muito bem conseguidos efeitos especiais. Não é todos os dias que se vê numa tela de cinema Jolie de lingerie ou Pitt de boxers brancos.
O filme chega a Portugal com críticas não muito favoráveis. Que o filme só é tão aguardado devido ao suposto romance dos portagonistas, que terá saltado do grande ecrã para a vida real. Esse facto não me interessa para a análise do filme. O filme até podia ser criticado pelas associações de luta contra a violência doméstica devido ao excesso de cenas de violenta pancadaria entre um casal na sua casa. Críticas à parte que é um bom filme é, sem dúvida que é.
Só é lamentável os produtores aproveitarem-se de um título de um filme de Alfred Hitchcock (Mr. & Mrs. Smith de 1941), pois ambos os argumentos nada têm em comum, a não ser o nome das personagens principais.

Mr. e Mrs. Smith

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Título original: Mr. and Mrs. Smith
De: Doug Liman
Com: Angelina Jolie, Brad Pitt
Género: Acção, Aventura, Thriller
Classificação: M/12
Estúdios: 20th Century Fox
EUA, 2004, Cores, 120 minutos

argumento:
John e Jane Smith são casados. O seu casamento já teve dias melhores e agora tornou-se num grande aborrecimento. Mas os dois escondem um segredo: são ambos assassinos profissionais, que trabalham para organizações concorrentes. O casamento volta a aquecer quando eles descobrem que ambos foram contratados e que a sua próxima missão é eliminarem-se um ao outro.

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quinta-feira, junho 16, 2005

Uma noite...

Uma salada ao jantar, o visionamento de uma série de televisão. Três rapazes, uma rapariga. Três garrafas de vinho branco, uma garrafa de espumante. Uma flute partida, uma lata de cerveja. Os quatro deitados pela carpete. Uns beijos na boca, uma falta de respeito. Massagens nos pés sensuais dela. Toda ela é sex-appeal. Uma ida para casa, uma agonia. Uma noite...

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segunda-feira, junho 13, 2005

75º Feira do Livro de Lisboa

Balanço da Feira do Livro de Lx 2005:
1º Mais um livro do Frederico Lourenço autografado.
2º Duas compras:
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3º Uma excelente edição a deste ano. Finalmente cortou-se o linearismo inerente do Praque Eduardo VII. Parabéns. Só é pena as intermináveis obras na Rotunda do Mrquês de Pombal. Mas parabéns aos organizadores.

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Adriana:

- Ê vim das ilhas, amande de mê pá, pó contenent, pa constitui famila por métodos naturales."

O filme no início da película promete. Promete até de mais. Fica-se pelo caminho. As peripécias deixam de o ser. Só há uma acção que nem sempre faz sentido. Uma pergunta: Se a acção nos Açores decorre na Ilha do Pico, porquê a cena da queda de água, se aquela em concreto fica na Ilha de S. Miguel?!? Ana Moreira e Isabel Ruth estão bem, muito bem até, apesar da consequente perda do sotaque carregado da primeira. Um filme a ver.

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O velho Urso Branco...

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Lembro-me que quando eu e o meu irmãos em crianças víamos este senhor na televisão chamavamos-lhe 'Urso Branco'. Apelidamo-lo assim devido às suas fartas cabeleira e sobrançelhas brancas. Era de uma forma carinhosa e respeitosa... Esta noite, noite de Sto António, o velho Urso Branco, faleceu, vítima de doença prolongada, tinha 91 anos. Desapareceu Álvaro Cunhal, o político, Manuel Tiago, o escritor, uma grande figura da história portuguesa e mundial. O meu coração chora...

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Sto António, Sto Antoninho

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Sto António, Sto Antoninho
Vou-te lançar uma moedinha
Pra que me arranjes um namoradinho
Um que goste da minha comidinha...

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sábado, junho 11, 2005

O Rumor!

Hoje estou superdivertido! Soube agora mesmo através da minha avó paterna um rumor que me deixou ainda mais bem disposto. Soube então que toda a gente da minha família suspeita que "ando mais com rapazes que com raparigas". A nossa conversa teve um contexto muito próprio, o assunto não era eu, mas sim o porquê do afastamento que existe entre mim e o meu irmão. A minha avó paterna suspeita que esse afastamento, que vem de há anos, se deve a esse rumor. Assim que a minha avó me disse isto eu soltei uma gargalhada sonora. A minha resposta foi: "Olha avó! Tenho 26 anos. Estou numa altura da vida em que me estou cagando para o que dizem de mim! Faço o que quero, como sempre fiz. Estou-me mesmo marimbando!". A minha avó concordou comigo. Não falamos mais do assunto. Não houve necessidade. A minha avó não fez a pergunta mágica: "É verdade?". Também não me interessa confirmar ou desmentir. A situação está perfeita assim. Soube que esta minha avó com esta conversa tinha a certeza. Para muitos jovens este situação seria catastrófico, para mim foi divertido. Este rumor surgiu entre as mulheres da minha família. Ao falar com um amigo, este disse-me que as mulheres devem estar com medo que eu lhes peça emprestado os vestidos e depois não os devolva...

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sexta-feira, junho 10, 2005

papi

Hoje é o teu dia! Já falei contigo. Estás sempre com o mesmo tom de voz. Resignado, com a vida. Oiço ABBA para te homenagear, para te honrar, para me lembrar de ti. Lembro-me que chegavas a casa, eu sentava-me ao teu lado. Repousava a minha cabeça no teu ombro ou no teu peito, cheirava as tuas mãos brancas e longas. Ouvíamos os teus discos de Bossa Nova e MPB. Estes momentos eram para mim tão preciosos que tentava repeti-los sem ti. Acabei por partir a agulha do velho gira-discos. Foste tu que me cultivaste a boa música e a boa leitura. Deixava-me estar sobre o teu peito durante horas. Adorava sentir o odor a tabaco que emanava das tuas mãos. Andavas sempre de bigode farfalhudo, ainda hoje o tens. Lembras-te de uma vez o teres tirado e eu ter-me recusado a beijar-te enquanto o bigode não crescesse?!? Irritaste-te tanto comigo! Foi o nosso primeiro grande duelo de titãs. As nossas batalhas, quer conjuntas, quer um contra o outro, quer em separado, sempre deram bons frutos. Continuam a dar... Sempre te acusei de uma porção de coisas. Tenta compreender-me, és o único que tenho actualmente para acusar. No outro dia não te consegui definir. Sinti-me atrapalhado por isso. É muito difícil falar de alguém que amamos tanto e com a qual sempre tivemos uma relação atribulada. Sempre te preocupaste muito comigo. Mais ainda agora que não me podes proteger dos males do mundo. A sério, não te preocupes. Quando precisar de ti chamo-te. Como sempre fiz ao longo destes anos de separação. Ouvi sempre as tuas palavras e tomei-as como sábias. Os filhos querem sempre imitar e ser como os pais. Eu não sou excepção. Aprendo com os teus erros, aprendo mais com os meus. Alertas-me para eles constantemente. As palavras sábias nem sempre fazem efeito. Ouço agora a "nossa" Elis Regina. Quase choro. Recordo-me tão bem dos nossos momentos. És o homem que mais amo na vida! Hoje é o teu dia! Um beijo muito grande desta lonjura... Parabéns papi!!!

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quinta-feira, junho 09, 2005

o que sinto de ti...

Mar
A tua pele morena sabe a sal. As algas marinhas enlaçam-se nos meus tronezelos. Querem prender-me ao mar. Eu solto-me. Não sou rapaz de ficar preso, nem sei porque insisto... A insistência nem é saudável sequer! O mar puxa-me, eu deixo-me levar. Nado um pouco, depressa me canso e volto para a praia. A praia do meu repouso. Repouso que pouco tenho. O cansaço tem-me consumido. Quis que o destino me leva-se. É agradável. Muito mais confortável é controlarmos essa leva. É muito muito curioso as partidas desse malévolo e benéfico destino. De certa forma TU já me conhecias antes saber sequer da minha existência. Este facto assustou-me e assusta-me muito. É certo que apenas conhecias a minha caligrafia. O que estava escrito eram apenas nomes, uns gatafunhos. Ao ler-se o que qualquer pessoa escreveu com a sua mão num papel é sem dúvida alguma um conhecimento. Lambo o sal da tua pele morena agora queimada pelo sol. Está sol, muito calor. O cheiro das tuas mãos fazem-me lembrar o cheiro das mãos do meu pai. Tenho saudades dos cheiros da minha infância. Vou ter muitas saudades do teu odor. É muito intimidador quando se sabe o que vai acontecer tanto connosco, como com os outros. Saber as palavras que se vai dizer ou ouvir, os gestos, as atitudes, os momentos... Levo um pouco de areia para casa. Quero guardar todos os momentos.
Fim

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segunda-feira, junho 06, 2005

Pratos Pedidos

Há uma catrefada de tempo atrás o Pedro pediu-me um prato indiano. Eu enganei-me e coloquei aqui uma receita chinesa. Voltei a esfalfar-me para encontrar algo indiano. Cá está uma receita simples de se fazer e comer...

Marinada Tandoori

Ingredientes:
2 chávenas de chá de iogurte natural
1 colher de sopa de alho
5 colheres de sopa de sumo de limão
1/2 colher de chá de gengibre ralado
2 colheres de chá de curry em pó
pimenta do reino a gosto
4 peitos de frango (pequenos)

Modo de preparação:
Misture tudo e coloque sobre o frango. Deixe repousar no frigorifico durante uma hora virando a cada quinze minutos. Após este tempo pode levar a assar. Assar no forno oa 250ºC (10 a 15 minutos) ou numa cataplana (sem gordura e virando, 10 a 15 minutos também são suficientes). Acompanhar com arroz basmati aromatizado com cominhos ou porque não uma folha de eucalipto.

And enjoy your meal...

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sábado, junho 04, 2005

A mulher a dias e o guarda nocturno.

Ouvi esta manhã ao telefone esta expressão... "A mulher a dias e o guarda nocturno." Resolvi escrever o post anterior baseado no sentido que as palavras tiveram em mim. Ainda me ressoa no ouvido a frase, a forma como foi proferida, o sentido que lhe deram e que eu lhe dei. Não era dirigida propriamente a mim. Cada vez que tenho uma paixão e tento encetar uma relação, sinto-me por vezes num dos dois papéis da frase. Ou a mulher a dias ou o guarda nocturno. É por isso que quase nunca dão certo as minhas relações. Há sempre falta de compreensão de ambas as partes. Hoje em dia os casais já não se dão ao trabalho de limar as arestas necessárias para que aja entendimento. Os meus avós estão casados há mais de 50 anos. Haverá ainda amor? Sim há. Estão juntos mais pela mútua companhia. Será que EU estou disposto a isso?!? A ver vamos...

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A mulher a dias e o guarda nocturno.

Ela, Sãozita, 34 anos. Ele, Victor, 35 anos. Casados vai para 10 anos. Nasceram e cresceram em Coruche. Há coisa de uma meia dúzia de anos decidiram tentar a sorte em Lisboa. Moram em Alfornelos. Sãozita é mulher a dias às segundas, quartas e sextas, em casa da D. Palmira em Campo de Ourique, das 08h às 13h, lava, passa e cozinha, cobra 7,50€ por hora. Às terças e quintas trabalha 3 horas em casa da Dra Gonçaves, limpa, aspira e faz toda a fascina necessária, cobra 8€ à hora. Durante a tarde de segunda a sexta passa a ferro para fora, 20 peças 10€. Clientes não lhe faltam. Faz uma média de 800€ por mês. Victor é guarda nocturno na Securitas. Ganha por mês 750€. Trabalha todas as noites das 00h às 08h. Já não faz fins-de-semana. Sãozita e Victor moram juntos, mas mal se vêem, apenas à noite e ao fim de semana. Pouco fazem sexo. O Victor está sempre cansado, é normal. A Sãozita sente falta do marido. O casamento já começa a ressentir-se da ausência de ambos. Não têm também muito tempo para poderem discutir esse assunto. São apenas mais um casal português.

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sexta-feira, junho 03, 2005

Sensações

Olho à minha volta... A Isabel fez anos ontem. Estou a viver momentos muitos agradáveis. Os teus beijos são deliciosos, apesar o leve travo a tabaco. As nossas peles naqueles momentos são uma só. Não me consigo separar de ti. É horrível. Uma sensação tão boa. Uma felicidade. Eu tinha um pouco de receio de que não te sentisses bem nestes momentos. De qualquer maneira não sei o que sentes. Mas sinto que te sentes bem comigo. Olho à minha volta... O dia 19 é já daqui a dias. Tudo deixa de existir. Só nos resta os momentos. Talvez daí as minha variações de humor. Sinto as mais variadas sensações nos meus 5 sentidos. Os patos do quadro voam, voam em V, para se ajudarem. Olho à minha volta... As imagens a preto e branco passam à minha frente. São belíssimas. Que sensação tão agradável! São sensações... são sensações...

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