MentePolítica: Eleições Presidências, Janeiro 2006
Parece que ainda vem muito longe. E na verdade ainda falta muito tempo para as Eleições Presidências. Mas esta questão está na ordem do dia e todos os dias os jornais fazem manchetes. A questão das Presidências está a ganhar uma importância tal que já ninguém liga às Eleições Autárquicas a 9 de Outubro próximo. À direita temos a mais que certa candidatura de Cavaco Silva. Tem o apoio de quase toda a direita portuguesa e muito apoio na esquerda. Se Cavaco se candidatar será nos próximos 10 anos o Presidente da República Portuguesa. Felizmente ou infelizmente a esquerda portuguesa não conseguiu convencer António Vitorino a candidatar-se a Presidente da República. Tal como não conseguiu convencê-lo a candidatar-se às últimas legislativas. António Vitorino seria sem sombra de dúvida um excelente opositor a Cavaco. Mas Vitorino está-se a guardar para suceder a José Sócrates. Este não estará no Governo mais que um mandato completo e nem sei muito bem se terminará este... Todos os quadrantes políticos queriam Vitorino já no Governo como qual D. Sebastião regressado da "União Europeia" envolto em nevoeiro. A escolha da esquerda por Mário Soares é uma cartada genial. Assim "obrigam" Cavaco a candidatar-se e a vencer. Outros nomes estiveram em cima da mesa, como António Guterres (péssima escolha) ou Manuel Alegre (péssima escolha). Ora bem, o que actualmente é novidade na esquerda portuguesa já o foi há 20 anos atrás. Não quer dizer que Mário Soares não é uma boa escolha, mas já tem mais de 80 anos. Soares é é a escolha possível. Vejo com muito melhores olhos um confronto entre Freitas do Amaral e Cavaco Silva. Freitas sim seria um candidato suis generis. Um político que começou na direita quasi extrema e termina numa esquerda à esquerda. Qualquer que seja o cenário para Janeiro de 2006, qualquer que seja o candidato, Aníbal Cavaco Silva vence as Presidências. Vence com o voto de um esquerdista como eu e com os votos de muitas pessoas... Mas ainda falta tanto tempo, ainda temos as Autárquicas e estas aguardam algumas surpresas esperadas.
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