segunda-feira, janeiro 17, 2005

Dream about me.

Esta noite tive um sonho tão bom. Já faz um bom tempo que não sonho um sonho bonito, prazenteiro, recompensador. Sonhei com a minha mãe. Vi-a muito bonita, ainda jovem e bela, como todas as mães o são para os seus filhos. Não a sonhei envolta de um lenço de fundo azul e bolas brancas. Não a sonhei deitada sobre aquele cetim beje e rendilhado. Não a sonhei de longe, estava perto de mim, podia tocar-lhe nos cabelos. Acordei não bem disposto, como usualmente me acontece. Acordei com um grande sorriso nos lábios. Ao fim de mais de 13 anos já é tempo de olhar para trás e encarar tudo e todos. É certo que sempre o fiz, mas há fantasmas que permanecem. As pessoas e os acontecimentos sempre consegui encarar, os fantasmas não. Talvez se deva ao acontecimentos da madrugada de sábado para domingo. O sentido de perda esteve muito perto de mim. Este sentido é um sentido de sentir absurdo. Tenho andado a pensar que Hegel tem razão quando diz: "As feridas do espírito curam sem deixar cicatriz.". Não é por nada que tenho já a minha quota-parte delas...
Mas agora estarei mais disposto e predisposto a sonhar contigo... Sonha comigo!

|