Alfaces & Alfacinhas
- Bom dia Sr. Tomé!
- Bom dia!
- Tem alfacinhas?!?
- Tenho sim senhora. Quantas quer?
- Quero uma. Uma pequenina!
Do armazém: - Só tenho alfaces grandes! Já na loja: - Ora aqui tem! Vai ter alface para oito dias!
- Ainda por cima é só para mim…
- Não me diga que não arranja companhia?
- Pode ser que sim! Risos.
- Há por aí tanta moça descomprometida!!!
Gargalhada sonora. – Pode ser que sim! Pode ser que sim! Já à porta: - Até amanhã!
- Até amanhã!
A minha saída da casa onde estou já esteve mais perto, também já esteve mais longe. Agora parece que está outra vez num horizonte próximo. Até as coisas estarem realmente acertadas e a sua posterior conclusão, tudo pode acontecer. É destas pequenas coisas que vou sentir falta. Destas pequenas pérolas de bom humor e de boa disposição logo pela manhã. Apesar de não morar num bairro, morar numa das avenidas de Lisboa com maior movimento de tráfego de pessoas e de carros, o bairrismo impera por aqui. Demorei a conquistar as pessoas. O Sr. Paulo, o Sr. Zé Manel e o Sr. Tomé da mercearia. O Sr. Mohamed da banca de jornais, o primeiro que conquistei. O café de baixo também foi logo uma das primeiras conquistas. A pastelaria do outro lado da rua foi uma conquista mais demorada. A D. Célia da outra banca de jornais foi também recentemente que a conquistei. Logo nos primeiros dias comecei-me a dar com a D. Jesus do supermercado, pode a fila para a sua caixa ser a maior, mas faço questão de ser atendido por si. E o outro café da outra rua é que não foi uma conquista, foi uma paixão, uma paixão avassaladora que tive pelos azulejos e pela simpatia das pessoas. O sítio que tenho em vista para ir morar é mais pitoresco, acolhedor e carismático, ou não se tratasse do Príncipe Real. Mas vou sentir saudades desta bela avenida. Ainda por cima hoje entrou cá para casa um rapaz novo. Se o meu radar não me estiver a falhar o rapaz deve de andar cá no nosso passeio. E a sua cara não me é nada estranha. Gostava de por uns bons tempos flirtar com o moço. Saber-me-ia bastante bem. Mas outras coisas irei viver, presenciar e conquistar. Uma nova vida. Uma lufada de ar bem fresco. É disto que necessito neste momento.
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Descoberta
Sabiam que descobri esta segunda-feira que me é mais difícil falar do meu pai que da minha mãe? Perguntaram-me, em determinado contexto, como era a minha mãe. E discorri umas quantas palavras, algumas ainda muito magoadas. Quando logo a seguir a mesma pessoa perguntou como era o meu pai, eu não consegui responder. Balbuciei umas quantas frases sem nexo, mas falavam mais da relação que temos do que de como o vejo. Fiquei bastante surpreso comigo mesmo. Quantas e quantas vezes não busco um rótulo e colo nas pessoas? E nessas tantas vezes são rótulos desfigurados do conteúdo da matéria. Não consegui definir, rotular, falar sobre o meu pai!
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Abandono
O Bom Apetite parece abandonado! Mas não pensem que se livraram já de mim!!! Não tenho conseguido entrar nestes dois últimos dias no Blogger. Não sei muito bem o que se passa. Quando consigo entrar, não consigo postar. Tem sido terrível não viver com este meu pequenino mundinho. Tenho tido tanto que dizer.
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chuva
custa-me a escrever
quero fugir
a chuva molha-me a alma
escorrego nas calçada
estatelo-me
estou cansado
fim
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Um Leve Cheiro a Fritos
Esta noite passada dormi 10 horas. Soube-me bem, muito bem mesmo. Tenho dormido ultimamente muito mal. Um sono muito leve, eu que até tinha um bom sono, um bom dormir, repousado. É nestas alturas que se intensificam as saudades de Setúbal. Por mais incrível que possa parecer tenho saudades da tradição da Páscoa que tinhamos quando lá vivia. Iamos ao Alentejo passar a primeira semana. Regressavamos na sexta-feira Santa a casa. No domingo de Páscoa iamos a casa dos outros avós, os paternos. A minha Avó fazia para mim, o meu irmão e a minha prima uns fritos que eram uma delícia. Estes fritos povoaram a minha infância. Para além de ser uma espécie de tradição festiva, passou a determinada altura a ser uma tradição domingueira. Cada vez que íamos visitar estes meus avós, a minha avó fazia-nos, com insistência nossa os ditos fritos para nos adoçar a boca. Outras vezes não fazia com a desculpa de não querer passar o dia ao fogão. Lá isso é verdade. Da próxima vez que a for visitar tenho que lhe pedir a receita. Quero deixar aqui um beijo com muito amor às minhas avós.
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Sopa de Letras
Sinto-me tão estranho esta manhã...
Blame It On My Youth
Lyrics by Edward Heyman
If I expected love when first we kissed,
Blame it on my youth.
If only just for you I did exist,
Blame it on my youth.
I believed in everything,
Like a child of three.
You meant more than anything,
All the world to me.
If you were on my mind both night and day,
Blame it on my youth.
If I forgot to eat and sleep and pray,
Blame it on my youth.
And if I cried a little bit when first I learned the truth,
Don't blame it on my heart,
Blame it on my youth.
by Jane Monheit, Jamie Cullum, Lisa Ekdhal e Nate 'King' Cole
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Um dia cheio!
...tive um bom dia. Estou é a necessitar de férias. Vou tê-las, no próximo mês. Faltam cerca de 30 dias para as ditas.
Fui esta manhã à consulta de Imunodepressão do Hospital Santa Maria. Está tudo na mesma. Os meus valores continuam estáveis. A minha médica gostou dos valores. Mas teve que discursar sobre reinfecções. Já não a podia ouvir falar sobre isso. Sim, sou um indivíduo bastante sexual. E tenho mais fama do que o seu proveito. Faço sexo, muito sexo. Mas simplesmente para me manter vivo. Não ando nas quecas com o primeiro que me aparece à frente. O ideal, sim, sem dúvida, concordo, seria ter sempre o mesmo parceiro. Por acaso de momento esse facto está-se a verificar. Não, não é nenhum namoro.
Pedi à médica que me encamenha-se para o Apoio Psicológico. Sendo assim logo após a Páscoa terei a primeira consulta. Mas já tenho uma primeira impressão muito agradável da médica. É nova, é bonita, é simpática, e transmite uma calma contagiante.
Comprei hoje também uns ténis. São linduuus, prateados e dourados...
Um dia cheio!
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Certos Porquês
Nunca pedi para ser teu amigo. Nunca quis que fossemos próximos. O que é certo é que nos conhecemos. Demo-nos bem. Fomos ver muitos filmes juntos. Ainda hoje gosto de ir ao cinema contigo. És uma excelente companhia. Mas de repende, de um momento para o outro desaparecemos da vida um do outro. Sentia a tua falta. Falta que sentida que foi substituída. Ninguém é substituível. Voltamos a encontrar-nos. Atromentas-me de novo. Posso ser sim segundo os Maias Lua Planetária Vermelha que purifica as minhas emoções trabalhando em grupo com disciplina. Não queria era que nos voltassemos a perder. Porquê tudo isto?
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M11M
O CHORO DOS AUSENTES!!!
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Falemos de… Amores!
Hoje apetece-me falar dos meus amores. E assim inicio mais uma espécie de rubrica. Julgo que sempre fui um felizardo ou um desgraçado. Nestas questões de amores não há meios-termos.
Julgo-me às vezes felizardo porque estou quase sempre apaixonado. Apaixonado ou por um amigo ou apaixonado por um namorado. Já considerei que para eu me poder relacionar com certas pessoas preciso estar apaixonado por elas. Hoje em dia já não penso da mesma maneira. Mas se eu olhar bem para as pessoas que me rodeiam esta teoria até faz sentido.
O Rom, quando nos conhecemos tivemos uma espécie de romance de Verão. Uma relação agradável cheia de sexo e muito pouco do dito romance. Hoje é um dos meus melhores amigos. O Pedro, tive uma paixoneta quando o conheci, mas a relação evoluiu para a amizade. Adoro-o, é o meu actual confessor. O Rodras, conheci-o há uns meses, poucos. Julgo ter-me também apaixonado, nem sei muito bem. Mas as nossas idas ao supermercado e as enormes saudades que já sinto por ele fazem a nossa amizade. Neste entretanto tive um romance com o Paulo, namorámos 2 meses. Dois meses prazenteiros. Confesso agora que teria sido melhor para nós nunca termos namorado. Gosto do Paulo ao ponto de fazer o que for necessário para o ajudar se assim for necessário. Mesmo que tivéssemos andado nas quecas, nunca devíamos de ter namorado. Resta-nos agora esperar para verificar se a amizade resiste e persiste. Acredito que sim.
Noutras tantas vezes considero-me um desgraçado pois o namoro mais longo que tive durou 9 meses. É certo que tenho os sentimentos das minhas amizades para contrapor os afectos de um amor, mas não os substituem.
O meu objectivo ao escrever este post era mesmo falar do Antoine. O Antoine foi o último rapaz com o qual eu tive um namoro que rondou os 9 meses. Hoje em dia olho para trás e ás vezes não consigo ver o que me levou a estar apaixonado. Outras tantas vezes vejo claramente essas razões. Ontem à noite falámos ao telefone. Reconheço que é muito bom falar com ele ao telefone. Muitas das nossas conversas eram muitas vezes sustentadas por monólogo da minha parte e o Antoine o meu único espectador. Actualmente as nossas conversas telefónicas demoram longos minutos. Sinceramente reflicto muito depois de ouvir aquela amálgama de opiniões, conselhos, e sugestões. Apetece-me vê-lo mais vezes, mas os nossos telefonemas são mais produtivos. O Antoine também não faz muita pressão para nos vermos. Eu igualmente não me sinto bem em fazer pressão para nos vermos. Estas questões são outros quinhentos e daria outro post ainda mais longo.
Julgo que já chega por hoje!
Repararam que só falei de rapazes?!?
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A Eleita
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Infância de Regresso
Ontem à noite ao visitar o blog do Staring Elf deparei-me com esta foto da Serra da Arrábida. Esta preciosa foto fez-me regressar à infância. Foi uma recordação agradável. Não vi logo à partida o que de menos bom vivi em Setúbal. De tudo o que se vive o que de menos agradável nos acontece é o que fica mais vivo e durante mais tempo na nossa memória. Ao ver a imagem lembrei-me dos bons e longos passeios que eu, o meu irmão e os meus pais davamos pela Serra. Saíamos de casa normalmente depois de almoço, sempre aos sábados, umas vezes íamos logo pela serra e regressávamos depois de passarmos pela estrada de Azeitão. às vezes ainda passavamos pelo Castelo de Palmela. Outra vezes ficávamos só pela Serra, íamos às adegas comprar vinho. Ontem à noite senti novamente o fermentar das pipas ao ver a fotografia. Havia vezes que davamos a volta pelo outro lado, pela estrada nacional. A estrada que um dia o meu irmão desesperado com 14 anos percorreu de bicicleta para receber a pior notícia que alguma vez lhe deram. E descíamos em direcção a Setúbal pela estrada da Arrábida com vagar para ver o sol a esconder-se atrás do rio Sado. Recordações de um tempo que insiste em ficar cada vez mais para trás. Recordações de uma certa infância marcada por tudo e por nada. Recordações prazenteiras da vida que uma vez tive e bem me satisfaz recordar. Agradeço-te Elfito por me teres feito recordar estes momentos todos...
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Estou cada vez mais loiro e baralhado...
Hoje fui a uma Agência da CGD saber informações sobre um Crédito Pessoal. Eu pretendo um crédito pessoal para poder alugar uma casa sozinho em Lisboa. Tarefa que também não é assim muito difícil. O meu problema é mesmo o baixo valor do meu vencimento... A senhora que me atendeu foi muito simpática. Esclareceu-me todas as dúvidas e até chegou a dizer-me que um crédito pessoal não seria uma muito boa solução! E porque não um Crédito Habitação?!? Lá me esclareceu as dúvidas que eram mais que muitas. Confesso que fiquei baralhado. Muito baralhado mesmo. Vejo-me com 26 anos, sem uma suposta carreira profissional. Mas estou num período em que me sinto tão bem. Descansado e repousante. Sinto-me mesmo bem. Baralhado. Enfim...
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in Público, edição 02 de Março de 2005.
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